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Depoimentos

Essa é a história de Yára Damasceno, 21 anos, estudante de Engenharia, e sua namorada, Gabriela.

Tudo começa muito do nada. Uma jogada de dedo para o lado, um match. Uma conversa jogada fora, pelo celular, no meio da praça perto do Shopping Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A bateria perto de morrer e o papo tão interessante que ela quer produzir energia para carregar o celular. Na madrugada fria, ela caminha para casa e senta no chão do quarto só para ficar mais perto da tomada. O encontro é marcado entre garfadas de arroz à piemontesa com batata frita. O primeiro abraço foi uma bomba: explodiu certo em cada osso. O primeiro beijo, horas depois, pareceu soltar fogos de artifício dentro da alma. Elas estavam entregues mesmo antes de começar.

Hebert Madeira, estudante de Jornalismo do Instituto de Educação Superior de Brasília, IESB, revela-se frustrado com as tais normas impostas. “Eu não consigo entender essa regra que fizeram onde nos obrigam a demonstrar menos interesse. Acho que a internet fez um pouco disso, essa competição de quem é mais frio, quando na verdade todos querem a mesma coisa: alguém legal”.

O rapaz acredita que muitas vezes os relacionamentos criados no ambiente virtual podem ser melhores do que no pessoal, uma vez que existem pessoas que tem facilidade de se expor quando não há olhares e julgamentos. Há quem diga que o Tinder é feito para sexo e amor. Hebert acredita que o diferencial mesmo é quem consegue criar amizades. “Eu fiz amigos maravilhosos pela internet e pelo Tinder. Não acho que seja tudo baseado em romance. Eu conheci pessoas em quem eu confio, com quem troco experiências de vida e até pensamentos pessoais e nunca beijei nenhuma delas”.

“Assim como eu, pessoas mais tímidas e com dificuldade de se relacionar veem, de uma forma mais superficial, como seria, de fato, tentar o contato. Com esse ensaio, nos sentimos menos expostos e mais confiantes”.

Disse Hugo Moura, 37 anos, publicitário. 

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